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apresentação

Com importância histórica e social na formação de Pernambuco, o Rio Capibaribe banha grande parte do estado de Pernambuco ao longo dos seus 240 quilômetros de extensão e atravessa três municípios da Região Metropolitana do Recife.

Com os processos de crescimento e desenvolvimento da capital pernambucana, parte da cidade do Recife “virou as costas” para o rio, enquanto outra encontrou em suas margens um local de moradia e subsistência. É possível observar grandes disparidades entre concentração de renda e acesso a serviços ao longo das margens do rio – e tudo isso a uma travessia de distância.

No Recife, a ampliação de acessos e o encurtamento das distâncias decorrem, inicialmente, da atividade centenária dos barqueiros, personagens essenciais na construção da cidade e das dinâmicas de locomoção ao longo de toda a extensão do Capibaribe.

Palafitas e prédios de luxo, marisqueiros e navios que chegam ao porto; hospitais, creches, escolas e diversos outros serviços e meios de lazer têm seus acessos via pontes, passarelas e o balanço da maré.

A vida através do rio acontece a cada dia.

Segundo um estudo de demanda e deslocamento realizado em 2019 pelo Laboratório de Inovação em Serviços Orbe, na Iputinga, área de intervenção do Projeto CITinova, um contingente de 4.384 moradores do bairro localizado na Zona Oeste do Recife afirmou atravessar cotidianamente para o outro lado da margem. Dentre esses, aproximadamente 1.290 fazem o trajeto de bicicleta e 1.030 o fazem de ônibus – sendo que cerca de 770 pessoas precisam de mais de um ônibus para chegar aos seus destinos. Apenas 517 pessoas do grupo disseram realizar o percurso de carro. Além disso, no mesmo bairro, mais de 45% da população possui atividade do outro lado da margem, ou seja: a travessia é uma dinâmica diária diretamente relacionada à subsistência dos seus moradores.

Vale ressaltar que o atravessar é uma possibilidade para além das comunidades que margeiam o rio. Seguindo a mesma localização dos dados apresentados, o bairro da Iputinga integra a 4ª Região Político-Administrativa do Recife (RPA-4). Considerando os bairros da Zona Oeste próximos desta RPA, temos Várzea, Caxangá, Cidade Universitária, Engenho do Meio e Cordeiro; e, olhando diretamente para a outra margem, temos Poço da Panela e Monteiro – locais que se enraízam e enramam pela cidade em diversas comunidades.

Com o objetivo geral de criar novos eixos de travessias de mobilidade ativa ao longo do Rio Capibaribe, a Agência Recife para Inovação e Estratégia, em conjunto com demais parceiros, realiza o Travessias Capibaribe – Concurso Nacional de Passarelas no Recife, uma iniciativa CITinova – Planejamento Urbano Integrado e Tecnologias para Cidades Sustentáveis que se ancora nos projetos estratégicos de longo prazo da capital pernambucana: o Plano Recife 500 Anos e o Projeto Parque Capibaribe.

O Travessias Capibaribe tem como foco o estímulo à mobilidade ativa, à adoção de hábitos para a diminuição da emissão de CO2 e a ampliação da conexão entre bairros e comunidades, melhorando o acesso a oportunidades e serviços através de passarelas exclusivas para pedestres, ciclistas e usuários de outros modais ativos.

Viabilizado a partir de diretrizes que versam sobre sustentabilidade e planejamento urbano, elementos essenciais do CITinova, o Travessias Capibaribe busca a reinserção do Rio Capibaribe nas dinâmicas do Recife a partir da (re)aproximação dos recifenses a um dos principais corpos d’água da Região Metropolitana.

para mais informações, acesse o site do concurso:

travessiascapibaribe.com.br

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